“R$46 milhões”; Conselheiros do Ceará fazem grave acusação sobre dívidas milionárias

Janeiro ainda não terminou, mas o Ceará já está em meio à turbulências. Após ser acionado na justiça sofrendo cobranças de Chrystian Barletta, atacante do clube, e do Floresta, por falta de repasse da venda do zagueiro Marcos Victor, nesta segunda-feira (22) membros do Conselho Deliberativo acusaram que o Vozão tem dívidas de R$46 milhões de débitos na Receita Federal.

No último domingo (21), antes do Vozão entrar em campo para fazer sua estreia na temporada, foi revelado que o atacante havia entrado na Justiça do Trabalho para cobrar dívidas referentes a salários, direito de imagem, FGTS e luvas. Nesta segunda-feira (22), mais situações vieram à tona.

O Floresta também acionou o Alvinegro na Justiça para cobrar quase R$2 milhões. O desejo do Verdão da Vila Manoel Sátiro é receber seus direitos sobre a venda de Marcos Victor, que foi negociado ao Bahia no início de 2023, já que era detentor de 40% dos direitos econômicos do jovem zagueiro. Mas, não para por aí.

No início da noite desta segunda (22), conselheiros do Ceará participaram do canal Amigos do Conselho, no YouTube, e expuseram que o clube tem uma dívida de nada menos que R$46 milhões com a Receita Federal e Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).

“Para deixar o torcedor informado e fazendo um apanhado dessas últimas notícias, o que teve de novidade foi o seguinte: teve esse processo de que o clube hoje tem R$46 milhões de débito na Receita Federal mais a PGFN”, disse o conselheiro Nilo Weber.

Os débitos são contados desde 2021, quando Robinson de Castro, que renunciou ao cargo em fevereiro do ano passo, ainda era o presidente do clube.

“São débitos de imposto de renda retidos na fonte e INSS previdenciário. Ambos são incidentes sobre a folha de pagamento de 2021 à 2023. Uma parte estava parcelada e outros são débitos novos”, explicou Weber.

QUAIS SÃO AS PENAS QUE O CEARÁ PODE SOFRER?

Devido essas dívidas, o Vozão pode sofrer duras penalizações como ser excluído do Profut e Timemania, além de perder benefícios fiscais.

“Esses débitos em aberto não tem CND (Certidão Negativa de Débitos), que restringe o clube a participa de vários programas que possa ter obtenção de recursos e, o pior, é a possibilidade de exclusão do Profut, que é um benefício que foi gerado pela Legislação Federal para que os clubes pudessem fazer o parcelamento de seus débitos com descontos de multas e juros”, explicou Nilo Weber.

“O clube fez a adesão a esse parcelamento do Profut e estava no Profut, mas num desses processos a PGFN, através do seu Procurador, eles colocaram que o clube estaria excluído do Profut. Isso gera um grande problema. A consequência disso é que, a partir da exclusão, ele teria dois anos sem participar de qualquer programa de benefício de redução de tributos e etc. Fora do Timemania, fora de qualquer incentivo federal estaria fora por dois anos”, finalizou.