O Ceará recebeu da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) uma notificação o em decorrência de cantos homofóbicos entoados por sua torcida durante o jogo contra o Vila Nova, válido pela Série B do Campeonato Brasileiro, realizado na Arena Castelão.
A denúncia foi apresentada pela organização “Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ” à entidade, que solicitou que o vovô tome as devidas providências. Apesar de não ter sido registrado na súmula da partida, o incidente foi capturado em vídeo e amplamente divulgado pela imprensa.
Nesse contexto, a CBF requereu ao Ceará informações discriminadas sobre as medidas adotadas para apurar o ocorrido, assim como a identificação e punição dos responsáveis pela manifestação homofóbica. A entidade também solicitou que entregassem todos os documentos relativos à apuração do caso. Entretanto, até o momento, o clube não recebeu nenhum tipo de punição.
Também é importante destacar que no último jogo realizado na Arena Castelão, contra o Ituano, não foi registrado nenhum tipo de canto homofóbico. Mais de 20 mil torcedores estiveram presentes no estádio para acompanhar a estreia do vovô no segundo turno da competição que terminou empatado pelo placar de 1 a 1 pela Série B do Campeonato Brasileiro.
TORCIDA IGNORA AVISOS NA ARENA CASTELÃO
De acordo com o relato presente no documento enviado pela CBF, um grupo considerável de torcedores do Ceará teria entoado cânticos contendo teor homofóbico, direcionados aos torcedores do Fortaleza, arquirrival do clube.
A preocupação da CBF com a ocorrência se acentua pelo fato de que o jogo em questão também serve como palco para uma ação específica do Ceará contra a homofobia.

Através de avisos veiculados no sistema de alguns e nos telões do estádio, a torcida foi solicitada a evitar quaisquer ações preconceituosas, o que acabou sendo ignorado por parte dos torcedores envolvidos nos cantos ofensivos.
CEARÁ TOMA MEDIDAS IMPORTANTES
Importante mencionar que, no intuito de combater outras formas de apresentação nos estádios, o Ceará promoveu, na última quinta-feira, um Congresso abordando temas como racismo, homofobia e violência no âmbito esportivo.
O evento foi organizado pela Coordenação de Torcidas Organizadas do clube e contou com a participação de representantes de torcidas, como Regis Alves, representante da ANATORG (Associação Nacional das Torcidas Organizadas), além de autoridades como o Dr. Núcleo do Desporto e Defesa do Torcedor (Nudetor – MPCE), e membros da Polícia Civil e Militar.
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