Guto Ferreira elogia pressão da torcida do Ceará e idealiza: “Imagina com 50 mil”

Guto Ferreira sentiu, pela primeira vez, o “calor” da torcida do Ceará na Arena Castelão na última sexta-feira (7), na vitória sobre o Botafogo-SP, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Em entrevista após o jogo, ele elogiou a postura de incentivo ao time e idealizou como será quando for em uma partida com o estádio lotado com mais de 50 mil presentes.

Mesmo vindo de quatro confrontos sem vencer na disputa, mais de 19 mil torcedores estiveram presentes no estádio Governador Plácido Castelo e empurraram o Alvinegro no êxito de 3 a 0 sobre a Pantera, com gols de Nicolas, Léo Santos e David Ricardo.

Esta vitória aconteceu na “estreia” de Guto Ferreira diante da torcida do Ceará. Isso porque na primeira passagem pelo clube o técnico não teve contato com os torcedores na arquibancada, pois na época as partidas estavam acontecendo sem público devido à pandemia da Covid-19.

O segundo jogo desde sua volta e primeiro em casa terminou de maneira positiva. Com quase 20 mil fazendo uma bela festa na arquibancada do início ao fim, empurrando o Vozão para o caminho da vitória e fazendo o oponente sentir-se pressionado. Isso segundo a opinião do treinador.

“Tivemos dificuldade no jogo e em momento nenhum nosso grupo foi vaiado. Pelo contrário, foi impulsionado o tempo todo. É isso que nós precisamos. Imagina isso aqui lotado com 50 mil pessoas empurrando, quem que aguenta?”, disse o técnico do Ceará.

Guto Ferreira ainda lembrou de quando jogou na Arena Castelão lotada contra ele e sua equipe em 2018. Na época, ele era treinador da Chapecoense-SC. No duelo, o time catarinense começou vencendo por 1 a 0, mas o Vozão venceu de virada por 3 a 1, sendo um golaço por marcado por Arthur Cabral, em partida válida pela Série A do Brasileirão.

Segundo o comandante, o barulho da festa alvinegra estava ensurdecedor e impossibilitava que o treinador e os seus atletas pudessem se comunicar, além do elenco alviverde ter sentindo bastante a pressão.

“Eu já joguei aqui contra 40 mil e sei como é difícil. Pode aguentar 15, 20 minutos, mas depois não tem jeito. Eu cheguei aqui com a Chape e saí ganhando de 1 a 0, quando fiz o segundo e tomei três. Meu time se perdeu dentro de campo. Não tem como se comunicar e na hora que a torcida começa a empurrar, vem uma coisa dentro do jogador que parece que tira energia não sabe de onde. E quando é vaiado, o cara começa a se perder dentro dele, perde o foco”, finalizou.