OPINIÃO | Guto tem conseguido ‘dar jeito’ no sistema defensivo do Ceará

No que diz respeito a defesa, o Ceará vinha sofrendo com muitos problemas. Com Gustavo Morínigo e Eduardo Barroca como antecessores, Guto Ferreira “pegou” o time em uma situação bagunçada e, aos poucos, vai conseguindo organizar bem o setor.

Mesmo com escalações improváveis, tanto para testes quanto por limitações/suspensões, o treinador conseguiu consolidar a equipe. Logo na chegada, viu a equipe perder para o Sport-PE com apenas UM único chute ao gol e um grupo de jogadores totalmente sem confiança.

Gradualmente ele restabeleceu a segurança do time. Mesmo com a fama de “retranqueiro”, você deve concordar que não há como vencer e avançar em um campeonato se a base do seu time não funciona. E essa é uma das características primordiais se tratando de Guto Ferreira.

Sendo um veterano no Ceará e na Série B do Campeonato Brasileiro, ele parece gostar de fazer um trabalho estruturado e calmo. Mas, infelizmente essa paciência não temos mais. Não por não confiar no que está sendo feito, mas por não ter tempo hábil para calma quando já se está na segunda fase do certame e ainda há oscilação no meio da tabela. Por isso, a pressa precisa ser levada em conta.

Sob o comando do técnico, o Vozão fechou o gol e voltou a ganhar dentro de casa, o que não acontecia desde a chegada de Barroca. Deu chance ao goleiro André Luiz que brilhou na partida contra o Vila Nova-GO e garantiu a vitória dentro de casa. A formação de sempre 4-2-3-1 não agrada alguns, mas mesmo após cobranças, o técnico não irá recuar.

Sete partidas pela Segundona foram disputadas até aqui desde seu retorno. Nesses duelos, a defesa alvinegra foi vazada cinco vezes, mas apenas uma única vez dentro de casa no empate por 1 a 1 com o Ituano-SP.

Inclusive, a palavra “recuar”, que já faz parte do dialeto de Guto, mesmo que pareça enfadonho trouxe inegavelmente resultados. Tivemos apenas duas derrotas em sete jogos.

Deixamos de pontuar em somente duas partidas e justamente por isso, hoje mesmo, podemos voltar a pensar no acesso que sempre foi o foco total desse ano.