Envolvido em escândalo de apostas, lateral assina documento e abre mão de dívida do Ceará

Um dos atletas investigados pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) na Operação Penalidade Máxima, Nino Paraíba oficializou sua desistência de uma dívida do Ceará. O atleta assinou um documento em que abre mão valor era que tinha para receber do Alvinegro da multa rescisória seu contrato.

Depois de ter afirmado em depoimento à Justiça que se envolveu em esquema de apostas esportivas e fechou um acordo com o MP-GO para não ser condenado criminalmente, o lateral-direito cumpriu seu prometido e assinou a documentação em que abre mão de receber quantia referente à rescisão de seu vínculo com o Vozão, em novembro de 2022.

Na época, o defensor de 36 anos deixou o Alvinegro e foi para o América-MG, onde estava até antes do escândalo que ele se envolveu ser de conhecimento público e ser dispensado do Coelho.

Nino Paraíba recebeu valores de quadrilha de apostadores para receber três cartões quando ainda defendia o Ceará, pela Série A do Brasileirão do ano passado. Estas partidas aconteceram no empate com o Flamengo fora de casa (25ª rodada), derrota para o São Paulo em casa (26ª rodada) e empate com o Cuiabá-MT (32ª rodada).

Possivelmente arrependido, o experiente jogador chegou a ligar para João Paulo Silva, presidente do Alvinegro, para pedir desculpas pelo seu envolvimento. Na época, o mandatário revelou o ocorrido ao Globo Esporte CE e chegou a dizer que nunca passou pela sua cabeça que o jogador fosse se envolver.

“O Nino Paraíba me ligou duas semanas atrás para se desculpar por ter participado desse episódio dos cartões no ano passado. Falei que não seria eu que ia julgar ele, mas fiquei decepcionado porque era um jogador que tinha confiança”, confessou o presidente do Ceará.

EX-CEARÁ ENVOLVIDOS EM APOSTAS ESPORTIVAS

Além de Nino Paraíba, outro ex-jogador do Vovô também foi citado por quadrilha de apostadores. Tratada de Richard Coelho, que tem contrato com o Alvinegro até o fim de 2024 e está emprestado ao Cruzeiro-MG, com vínculo suspenso preventivamente.

O volante não foi denunciado, mas será convocado para prestar depoimento na Câmara dos Deputados, em Brasília-DF. A data ainda vai ser marcada.