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OPINIÃO | Ceará precisa fazer o improvável para seguir na luta pelo acesso

Elenco do Ceará
Foto: Felipe Santos / Ceará SC

No último dia 19 de Junho, o departamento de futebol concedeu uma entrevista coletiva onde comentava o ponto de situação do Ceará na temporada. Na oportunidade o executivo do futebol, Juliano Camargo, comentou que o aproveitamento necessário para alcançar o sonhado acesso era de 57% de aproveitamento ao final das 38 rodadas da Série B do Campeonato Brasileiro.

Até então o ex-treinador Eduardo Barroca tinha o aproveitamento de 63% enquanto o clube possuía um desempenho de 52% até a 12ª rodada da competição.

Pois bem, amigos alvinegros, futebol não é matemática e, mesmo depois de uma intertemporada de duas semanas, o time não evoluiu e acumulou somente dois pontos em dois jogos, fazendo com que Barroca caísse dentro de casa contra o seu antecessor Gustavo Morinigo. O futebol tem destas coisas. Passada algumas horas da demissão, já tínhamos novo treinador, o “velho” conhecido Guto Ferreira.

Eduardo Barroca, treinador do Ceará.
Eduardo Barroca, ex-treinador do Ceará. Foto: Davi Rocha / Pera Photo Press

O “Gordiola” pega um time com aproveitamento de 46% precisando realizar não boas partidas e sim ganhar o máximo de pontos possíveis, de preferência três por partida. Para o torcedor ter noção, para previsão de Albeci Júnior e Juliano Camargo “bater certo”, precisamos de 15 vitórias em 23 partidas a serem disputadas.

Hoje o VOZÃO está há oito pontos do quarto colocado. Isso significa que o time precisava vencer três partidas seguidas e os times que estão acima não podem pontuar. Um tanto improvável.

O departamento de futebol demorou demais para trocar de treinador, mesmo vendo que o time de Eduardo Barroca não era tão efetivo quanto o do Morinigo. Tirando as partidas contra Criciúma-SC e Atlético-GO, a equipe do Barroca não inspirava o futebol propositivo para o qual ele foi contratado.

Falsa posse de bola não é ser propositivo. O Ceará não dominou na era Barroca. Agora com Guto Ferreira, o treinador terá que resgatar a confiança do elenco e terá que se reforçar com jogadores que deem conta do recado. Temos o dinheiro da Liga Futebol Forte (LFF) entrando nos cofres do clube.

Guto Ferreira, treinador do Ceará
Guto Ferreira em seu primeiro treino em retorno ao Vozão. Foto: Felipe Santos / Ceará SC

Agora é o momento de ser ousado e reforçar com qualidade este elenco. “Sentar” alguns medalhões e colocar para em campo quem está rendendo nos treinamentos e jogos. Chega de lugar cativo ou jogar por “status”. É por causa disso que o Ceará está fora do seu principal objetivo da temporada.

Mas, aí você me pergunta: o que será necessário para chegarmos lá? Vamos aquilo que o departamento de futebol planejou. Eles dividiram o campeonato em quatro ciclos de 10 e 9 rodadas em que o time tem o objetivo de vitórias em cada etapa. No primeiro ciclo temos três pontos contra ABC-RN, Tombense-MG, Criciúma-SC, Londrina-PR e Chapecoense-SC.

Entretanto, no segundo ciclo só temos vitória contra o Atlético-GO. Restando somente quatro jogos neste “ciclo”. Deste modo, os comandados de Guto Ferreira teriam que fazer aquilo que ainda não foi feito: ganhar quatro jogos seguidos e salvar este ciclo e a previsão do departamento de futebol.

Se Guto conseguir este acesso, pode preparar um busto para o homem na sede em substituição do Lisca. Ainda bem que ele emagreceu 25 kg, assim a gente economiza no bronze. O que ele tem que fazer compara-se a 2015 e 2018. Boa sorte, Ceará! Eu estarei torcendo por ti.

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